O sono dos filhos

Quando eram bebés os meus filhos tinham hábitos de sono muito diferentes, provávelmente por serem pessoas diferentes.
Com os primeiros filhos eu queria fazer tudo certinho, era muito disciplinada com tudo, principalmente com a alimentação e o sono. Uma boa noite de sono e uma boa sesta eram importantissímas. E continuam a ser mas, somos diferentes, e temos de considerar isso.
Por exemplo:  o Sebastião ( o mais velho a partir dos 18 meses não gostava muito dormir a sesta mas eu insisti porque achava que era importante, o Afonso era um dorminhoco e nessa idade dormia duas sestas, uma de manhã e outra á tarde, e continuou até entrar na pré-escola, nunca precisei de embalar o Afonso ou insistir para ele dormir como fazia com o Sebastião.
Ao terceiro filho os horizontes alargam-se e a visão perfeita daquilo que temos de ser para darmos o melhor aos nossos filhos desmorona-se, nem sempre podemos deitá-los a horas ou temos tempo para lhes contar uma história.
O Manuel aniquilou a mãe certinha em tudo, e tornou-me, curiosamente, numa mãe melhor. O que eu quero dizer é que , não precisamos de fazer tudo bem, como mandam as regras para eles serem felizes, pelo contrário.
Bem, o Manuel dormiu a sesta até perto dos dois anos, dorme a noite toda sózinho desde os seis meses sem choros ou birras e eu nunca insisti para que ele dormisse.
A Amélia é muito diferente do Manuel, em relação ao sono eu comparo-a a um gato, dorme sempre em estado de alerta. É sensível a tudo á sua volta. As noites são as mais difíceis, comparáveis ao para arranca dos carros, as sestas são quando ela quer, muitas vezes encontro-a já de rabinho para o ar a dormir feliz na sua cama, outras, ela pede para ir dormir.
Todos somos diferentes, até na hora de dormir.