terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Carnaval



























Quente



















Na loja, para manter o frio bem longe.

In the shop, to keep the cold far away.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Poema de Amor 5

Eu sei que vou te amar


Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida vou te amar
A cada despedida
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Pra te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há-de apagar
O que esta tua ausência me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida.

I know I will love you
As long as I may live I will love you
Each time we separateI will love you,
With total desperation
I know I will love you
Each verse of mine is made, it's true
To tell you that I know I will love you
As long as I'm alive
I know that I will cry
Every time you are absent I will cry
But each time you return it will erase
Whatever damage your absence
has caused
I know that i will sufer
Endless misadventures in this life
While I await a life with you
To last as long as I do

Antonio Carlos Jobim

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Poema de Amor 4

Fanatismo

Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

«Tudo no mundo é frágil, tudo passa...»
Quando me dizem isto,toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
«Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim!...»

Florbela Espanca

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Poema de Amor 3

Música minha, a música tocando
que em bendita madeira os sons recreia
sob os teus doces dedos ondulando,
em concórdia das cordas que me enleia,
invejo às teclas saltitar macio
a beijar-te por dentro a tenra mão
e ficam os meus lábios de pousio,
corando ao pé de ti da ousada acção?
Pois trocavam de estado, nessa airosa
titilação, com nicos tão esquivos,
se da pressa gentil dos dedos goza
madeira morta mais que lábios vivos.
  Felizes teclas, num descaro assim:
  dá-lhes os dedos e a boca  mim.

How oft when thou, my music, music play'st
Upon that blessed wood whose motion sounds
With thy sweet fingers, when thou gently sway'st
The wiry concord that mine ear confounds,
Do I envy those jacks that nimble leap,
To kiss the tender inward of thy hand,
Whilst my poor lips, which should that harvest reap,
At the wood's boldness by thee blushing stand?
To be so tickled they would change their state
And situation with those dancing chips,
O'er whom thy fingers walk with gentle gait,
Making dead wood more blessed than living lips.
  Since saucy jacks so happy are in this,
  Give them thy fingers, me thy lips to kiss.

in Os Sonetos de Shakespeare
trad.: Vasco Graça Moura

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Poema de amor 2

Copla de Amor

Se eu fosse um touro,
Um touro, um belo touro,
Belo mas teimoso,
O mercador comprar-me-ia.

Comprar-me-ia e matar-me-ia,
Esticaria a minha pele,
Levar-me-ia para o mercado.

A mulher grosseira tentaria negociar-me em vão,
A bela rapariga comprar-me-ia;
Amassaria aromas sobre mim.

Eu passaria a noite enrolado à sua volta;
Eu passaria a tarde enrolado à sua volta.
O seu marido diria: «é uma pele morta»!
Mas eu estaria junto do meu amor.

in Rosa do Mundo, 2001 poemas para o futuro
Etiópia, Oromo
Tradução: Manuel João Ramos

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Poema de Amor

 Em minha alma é escrito vosso rosto
e quanto eu escrever de vós anseio:
vós sozinha o escrevestes, eu o leio
tão só que nisto vos evito a gosto.
 Nisto estou e estarei sempre disposto
que, não cabendo em mim o meu enleio,
desse bem o que não entendo creio,
tornando já a fé por pressuposto.
  Eu não nasci senão para querer-vos;
minha alma à sua altura vos talhou;
para hábito de minha alma vos quero;
  quanto possuo confesso já dever-vos;
por vós nasci, por vós na vida estou,
por vós morro, por vós morrer espero.

Garcilaso de La Vega (1501-1536)
Antologia da Poesia Espanhola do «Siglo de Oro» - Renascimento
(organização e tradução de José Bento)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Parabéns Sebastião



















Há 8 anos o Sebastião nasceu e nasci eu também, como mãe.

8 years ago Sebastião was born and  I was born too, as a mother.